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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Adolescência

Rich tem cerca de vinte anos e, depois da escola, trabalha como assistente de gerente num supermercado que emprega vários adolescentes em regime de tempo parcial, Às vezes, Rich olha para eles e lembra de sua adolescência tumultuada, menos de uma década atrás.
Os pais de Rich são membros atuantes de uma igreja fundamentalista, bem conservadora. Eles sempre quiseram o melhor para os filhos, levavam Rich e a irmã à igreja regularmente e faziam seus momentos devocionais em família toda noite.
Rich diz que os pais costumavam impor regras arbitrárias, mantidas a ferro e fogo. Música rock era terminantemente proibida na casa, As crianças não podiam ir ao cinema, nem trabalhar no domingo. Os pais monitoravam de perto todas as atividades dos filhos e viviam criticando seus amigos.  Não havia muito lugar para o riso, nem para as relações informais em casa, mas havia muitas discussões. Rich sentia que os pais nunca prestavam atenção às suas opiniões. Sempre que havia discordâncias, as crianças tinham que respeitar a vontade dos pais e não havia oportunidade para discussão. Os pais esperavam que eles obedecessem sem questionar.
Mas o que aconteceu é que os filhos se rebelaram. Rich tinha prazer em fazer tudo o que seus pais proibiam " bebidas, sexo, drogas, filmes pornográficos". Ele chegou até a formar uma banda de rock, cujas músicas tinham letras que até Rich achava obscenas. Suas notas despencaram e ele parou de ir à igreja. As brigas com os pais eram frequentes, até que o expulsaram de casa.
Depois que terminou o ensino médio, Rich teve vários empregos, até começar a trabalhar no supermercado. Atualmente, ele mora num apartamentinho miserável, fala com os pais só de vez em quando e fica imaginando se terá que trabalhar nesse emprego pelo resto da vida. Ele gostatia de volar a estudar, de vez em quando sonha em ser advogado e, lá no íntimo, sente inveja de muitos daqueles adolescentes que trabalham meio período e parecem ter um futuro brilhante pela frente. Algumas vezes, ele vê adolescentes sofrendo as dores da rebeldia, como ele mesmo sofreu no passado, e fica pensando como a vida poderia ter sido diferente se ele tivesse conseguido lidar melhor com o estresse da adolescência.

Essa historia trata de problemas que muitos de nós nunca enfrentamos. Entretanto, todos já fomos adolescentes ou ainda são e a maioria ainda se lembra daqueles anos estressantes, mas cheios de excitação, em que passamos por um período da vida que um psiquiatra descreveu como " a mais confusa, desafiadora, frustante e fascinante fase do desenvolvimento humano".
A palavra "adolescente" significa um "período de crescimento até a maturidade." Ela começa na puberdade ( o período do crescimento acelerado e da maturação sexual) e se estende até o final da primeira década de vida, ou o início da segunda. Durante esse período de conflito e crescimento, o jobem muda ficisa, sexual, emocional, intelectual e socialmente. Ele se afasta da dependência e da proteção da familia e caminha para a independ~encia relativa e produtividade social. Para muitas pessoas (principalmente na nossa sociedade) a vida nesta fase é feita de amigos, televisão, esportes, estudo, trabalho, passatempos e, às vezes, muito estresse e reflexões. Internamente, " a vida do adolescente consiste de um amontoado de picos e vales emocionais, altos e baixos, que vão desde a alegria esfuziante até a depressão." O mundo do adolescente é geralmente confuso e muda tão depresa que os jovens imaturos nem sempre conseguem se ajustar direito. Isso tem levado alguns autores a descrever a adolescência como uma fase de grandes rupturas, caracterizado por rebeldia, tumiltos constantes e violentos períodos de estresse.

O adolescênte é um ser encompriencivel - Leonardo Cavalcante

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